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Vista Frontal do Edificio Principal do Tribunal Supremo
Tribunal Supremo

Cooperação Judicial: Moçambique e China

 Entre os Tribunais Supremos da República de Moçambique  e da República Popular da China, representados pelos seus Presidentes Adelino Manuel Muchanga e ShouQiang, respectivamente, foi celebrado, no dia 25 de Março de 2018, em Beijing, um Protocolo de Cooperação.

O Protocolo prevê, entre outras matérias:

  • o estabelecimento de mecanismos que facilitem a comunicação dos actos judiciais e a revisão e confirmação das sentenças dos tribunais dos dois países;
  • formação dos magistrados e funcionários dos dois países, especialmente na área de conflito de leis;
  • partilha de jurisprudência;
  • troca de experiência sobre reformas judiciais;
  • colaboração na criação de mecanismos que assegurem a transparência judicial
  • troca de experiência e colaboração na  informatização dos tribunais e construção de tribunais inteligentes;
  • o desenvolvimento do Direito em matérias de interesse comum.

Intervindo por ocasião da assinatura do Protocolo de Cooperação, o Venerando Presidente do Tribunal Supremo realçou a importância e a oportunidade do acto, numa altura em que, segundo ele, com o aumento do movimento de pessoas, bens, serviços e capitais entre Moçambique e China, também aumentam as situações jurídicas que, colocando em contacto as ordens jurídicas dos dois países, exigem a intervenção dos tribunais. Segundo afirmou o Venerando Presidente do Tribunal Supremo de Moçambique, pendem nos tribunais moçambicanos casos que envolvem a aplicação das normas de conflito ou até do direito interno da China, como são os casos respeitantes ao estatuto pessoal.

Por essas razões, argumentou o Presidente do Tribunal Supremo de Moçambique, há necessidade de aprofundamento do conhecimento, pelos magistrados moçambicanos, do direito chinês e, igualmente, do direito moçambicano pelos magistrados chineses.

Por seu turno, o Presidente do Supremo Tribunal da República Popular da China, realçou a importância da fluidez nas comunicações entre os tribunais dos dois países e disse que o tribunal que dirige presta especial atenção à cooperação com Moçambique. Mostrou-se especialmente preocupado com as questões relativas à defesa do meio ambiente e combate à criminalidade transnacional. Estando os tribunais chineses muito avançados no tocante à informatização judicial, mostrou-se disponível para partilhar a rica experiência com o Tribunal