Vinaora Nivo Slider 3.xVinaora Nivo Slider 3.xVinaora Nivo Slider 3.x
Vista Frontal do Edificio Principal do Tribunal Supremo
Tribunal Supremo

Mesa Redonda de preparação do próximo ciclo eleitoral

No âmbito da preparação do próximo ciclo eleitoral, decorre, nos dias 28 e 29 de Fevereiro de 2024, em Maputo, a Mesa Redonda, dirigida por António Paulo Namburete, Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo, tendo por finalidade a harmonização de procedimentos nos seminários de capacitação em matéria de ilícitos e contencioso eleitorais.

A Mesa Redonda visa, assim, munir os formadores de ferramentas necessárias para a transmissão aos Magistrados Judiciais e do Ministério Público e actores relevantes das bases para a interpretação uniforme da legislação eleitoral, na resolução de ilícitos e contencioso eleitorais que possam surgir antes, no decurso e no período posterior aos pleitos eleitorais.

contencioso eleitoral 2024Participantes na Mesa Redonda de harmonização de procedimentos nos seminários de capacitação em matéria de ilícitos e contencioso eleitorais

 

 

No discurso de ocasião António Paulo Namburete, Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo, referiu que o legislador confiou ao poder judicial e mais precisamente aos Tribunais Judiciais de Distrito, a missão de apreciar e decidir o contencioso eleitoral, em primeira instância, bem como dos ilícitos eleitorais.

O Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo referiu que “no ano de 2023 foram realizadas a mesa redonda e seminários de preparação das eleições autárquicas realizadas em outubro de 2023. Os resultados alcançados nestas e nas anteriores formações, só podem ser avaliados e contabilizados pelo grau de prontidão dos Tribunais Judiciais de Distrito, das procuradorias e dos agentes do SERNIC, na resolução de conflitos eleitorais, surgidos nas diversas fases do processo eleitoral, desde o recenseamento eleitoral, passando pela campanha eleitoral e votação até à proclamação de resultados”.

Num outro desenvolvimento, o Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo defendeu que ao longo destes últimos anos foi possível colher experiências para aprimorar as acções futuras, embora a complexidade, especialidade do contencioso eleitoral, a natureza da conflitualidade que dele emerge, coloquem novos e importantes desafios.

A propósito, o Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo anotou que “em nenhum momento os tribunais, o Ministério Público e órgãos auxiliares, vacilaram em cumprir com serenidade e contenção o papel de árbitros e terceiros imparciais nos pleitos que se desenrolam entre os participantes dos processos eleitorais”.

Por seu turno, o Procurador-Geral Adjunto, Sérgio Reis, referiu, na intervenção, que embora o processo eleitoral seja regulado por lei, não está isento de ocorrência de ilicitudes e sempre que isso ocorre os tribunais são chamados a garantir e reforçar a legalidade como factor de estabilidade jurídica, garantir o respeito pelas leis, assegurar os direitos e liberdade dos cidadãos, assim como interesses jurídicos de diferentes órgãos e entidades legais, penalizando as violações da legalidade e decidindo o pleito de acordo com o estabelecido na lei. Desta feita, a capacitação é uma oportunidade para a consolidação do saber em torno desta temática de forma que os tribunais respondam a altura das exigências deste processo.

Por seu turno, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Carlos Matsinhe, destacou que a capacitação é de mais valia, pois marca um passo importante de consolidação do trabalho já realizado, na busca de formas para melhorar o desempenho da instituição, atendendo o maior desafio que é realizar eleições, cada vez mais livres, justas, transparentes e credíveis, onde, no final, todos os concorrentes se sintam refletidos nos resultados.